O CFM não representa os médicos e as médicas do Brasil

Hoje, 27 de julho, houve mais uma prova da íntima relação entre a atual diretoria do Conselho Federal de Medicina (CFM) e a gestão genocida do Governo Bolsonaro.

O Presidente da República visitou o CFM em tom eleitoreiro, fora da agenda oficial. Reafirmou o discurso negacionista e anticientífico: favorável à cloroquina, antivacina e contra o uso de máscaras, fatores que contribuíram para as mais de 700 mil mortes por Covid-19 no Brasil. Quanto ao seu discurso, não há surpresas…

Ao contrário da Sub-Procuradora Geral da República, que indicou o arquivamento de todas as acusações baseadas na CPI Covid sob alegação de que o presidente “não sabia”, toda a sociedade brasileira sabe das milhares de vidas que se perderam devido ao projeto de morte de um governante que sabotou a vacinação e toda forma de controle da pandemia. Sim, o Presidente é cúmplice, assim como toda a sua equipe gestora na saúde e o CFM.

Não é aceitável que ele repita seu discurso em plenas instalações do Conselho Federal de Medicina, recebendo palmas como reação da plateia, de conselheiros e bajuladores.

Nós sabemos que muito se faturou na pandemia com consultas desnecessárias, orientações sem base científica, medicamentos caros e ineficazes. Nós sabemos quantas mortes poderiam ter sido evitadas, principalmente entre a população periférica, indígena e negra desse país. As consequências permanecem, pois até hoje o CFM não abandonou a postura negligente e anticientífica, inclusive contra a vacinação.

Há médicos que pensam diferente e que não se conformam com esta postura do CFM, palanque para genocídio, fascismo e golpismo. Somos e precisamos ser médicos e médicas que defendem a população, o SUS, a ciência e a democracia.

Seguimos e vamos além, por um Projeto Popular para o Brasil.

A diretoria do CFM NÃO REPRESENTA os médicos e as médicas do Brasil.

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