Na maior parte dos municípios do país, profissionais da Atenção Primária em Saúde (APS) não foram contemplados na primeira leva da vacinação com a Coronavac/Butantam contra o coronavírus.
Sabemos das dificuldades que o país está enfrentando com a pandemia e o número reduzido de doses recebidas em relação ao quantitativo necessário, no entanto, mais uma vez a APS e desconsiderada.
Assim, faz-se necessário ressaltar alguns pontos. Somos, na maior parte das vezes, os que realizamos os testes e exames diagnósticos, os que vacinamos e os que atendemos diariamente sintomáticos respiratórios.
Caso não estivéssemos trabalhando todos os dias, mesmo com quantidades reduzidas de EPIs, a situação das UPAs e dos hospitais, já bastante sobrecarregados, estariam em situação muito pior.
De fato, países que optaram por priorizar a APS, medidas de promoção e prevenção em saúde, bem como a educação popular e comunitária, tiveram mais sucesso que os demais no combate a pandemia, esses últimos que, assim como o Brasil, priorizaram os níveis secundário e terciário.
Nesse sentido, acreditamos que as autoridades de saúde devem estar sensíveis a essa situação inadmissível e revertê-la com urgência.